Um dos objetivos que adotei é de procurar expressar quando sou bem atendida ou ao reparar que alguém executa bem seu trabalho. Entenda BEM o fato de perceber atenção, satisfação, eficiência e até prazer nisso, o que vai além de "cumprir a tarefa". Alguns dizem que não é mais que obrigação, algo que de certa forma concordo, mas que infelizmente parece que está se tornando artigo meio raro em alguns lugares transitados.
Meses atrás participei de um trabalho num shopping de Porto Alegre, e nele circulei em várias lojas dali. Uma delas se destacou entre todas por uma razão positiva e simples: coerência. Observei que o gerente usava ações efetivas, ordenava de modo objetivo, assertivo e especialmente usava uma linguagem certa aos seus funcionários. Tratando-se de uma loja de público-alvo adolescente/jovem, em que a faixa etária dos funcionários ia de 18 a 20 anos, isso torna o caso a ser tratado de maneira um pouco peculiar das demais lojas em que os funcionários eram mais velhos, já adultos. A coerência também se explica porque tudo na loja soava consoante aos diferentes aspectos presentes num ambiente assim: vitrine, que tinha a ver com o visual da loja (um tipo de linguagem), que tinha a ver com o seu clima, que tinha a ver com o atendimento ao cliente, que tinha a ver com tudo que estivesse lá dentro até a momento da saída do lugar. E que por último, e não menos importante, tinha a ver com a forma “encabeçada” pela pessoa imediatamente à frente da coordenação dessa estrutura.
Dias após encerrada minha atividade nesse shopping, fiz questão de ir até lá e falar com o gerente. Descobri que ele trabalha há SÓ 14 anos no comércio (ele é ainda jovem, o que acaba sendo muito), o que segundo ele o deu muita prática sobre esse segmento. Eu complementaria dizendo que agregou positiva e inteligentemente em sua função, afinal quantas pessoas há por aí com décadas no mercado sem parecer, porém, que não serviu de quase nada todo esse tempo...
Enfim, trocamos uma bela idéia sobre como todos esses aspectos estão envolvidos (linguagem estética/visual – atendimento - treinamento – recursos humanos, etc), e fiquei feliz em perceber que ainda existem muitas pessoas que atentam à necessidade real e concreta disso. Por fim, elogiei ele, notando também que “meu feeling até que não estava assim tão enganado, então”, ou seja, com isso treinei e testei um pouco do meu faro sobre essas questões.
Moral: prestar atenção em detalhes de coisas cotidianas - sendo profissional de qualquer área, não importa qual – faz termos um parâmetro maior da qualidade de tudo, seja na padaria da esquina até um serviço mais expressivo prestado. E de quebra ainda temos a chance de erguemos uma plaquinha com nota 10 (ok, pode ser um pouco menos) a quem está do outro lado do balcão. Isso pra mim é tão gratificante quanto ser elogiada por algo bacana que eu tenha executado. E pode crer: quem ouve também fica super satisfeito. Só empolga, e acaba virando uma cadeia, tipo efeito dominó, só que aqui as pecinhas não caem. Elas se levantam!
Muito bacana, Elisa!
ResponderExcluirFico feliz que tenha começado a colocar "no papel" todas estas idéias que vem rodopiando na tua cabeça. É uma excelente forma de organizar os pensamentos! Adorei o primeiro texto!
Bjo abobrinha!