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domingo, 29 de maio de 2011

Brincar sem sair do sério

Encontrei essa frase num livro sobre vitrines, definida como uma das funções fundamentais do profissional que as cria e desenvolve. Brincadeira levada a sério, aliás, deveria haver em tudo ou quase tudo que se produz. Se mais pessoas percebessem as coisas assim (o mundo não seria um paraíso mas), haveria mais beleza e diversão por aí. E diversão mútua: pra quem banca e pra quem recebe, ou seja, relação ganha/ganha. Afinal, buscamos e compramos mesmo é a experiência e o prazer. Ou o prazer da experiência ou a experiência do prazer, e assim por diante.
E comprar é outro ato que constantemente praticamos. Paralelo a ele, logicamente, há a venda. Compramos/vendemos em mais momentos do que se percebe em geral. Se há algo que decididamente posso afirmar sobre gente é isso. Seja nos anos atuando em algumas empresas na área de Recursos Humanos ou na minha posterior formação e atuação, a Decoração de Interiores, e atualmente em Vitrinismo e Visual Merchandisign (gosto mesmo é de falar PROGRAMAÇÃO VISUAL, em Português) percebi claramente a invariável BUSCA humana por sensações e sentimentos (a compra) e a simultânea venda de idéias/valores/causas/metas, etc.
Esse comércio não acontece só no comércio propriamente dito. Numa empresa é preciso em primeiro lugar que as pessoas tomem para si as propostas para daí se partir a sinergia, a efetiva ação, a compra do esquema. Na ambientação de espaços também é assim, seja ele residencial, de trabalho ou outros: nossa casa, por exemplo, é diariamente comprada. Até nas relações pessoais há a compra/venda: periodicamente avaliamos a situação e realizamos a "compra" ou não, assim como seguidamente estamos vendendo nosso peixe aos outros (o peixe em questão = nós mesmos). Nas lojas então, nem se fala... Já na vitrine, a responsável pelo primeiro e maior impacto visual nesse caso, transmite-se incontáveis mensagens aos clientes, que antes mesmo de pisarem dentro da loja já podem ficar encantados e muito mais dispostos a adquirir algo nela. E usei propositalmente aqui adquirir em vez de gastar, pois numa experiência encantadora e prazerosa não se sente estar arcando, mas sim investindo num momento bom, materializado pelo compra de um produto.
Brincar: algo que deve ser levado muito a sério.


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