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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Performances urbanas

Há muito mais pra se ver na Cidade do que ela aparentemente oferece. Não precisa de dinheiro, ou muito pouco se precisa dele. O show é quase sempre grátis. 
Senhorzinhos distintos e senhorinhas bem aprumadas sempre me encantam. Quando os vejo por onde ando acabo prendendo meus olhos neles, que por sua vez me correspondem. Não são poucos os que acabam puxando conversa comigo, um comentário que seja. Maiores de 70: vinde a mim!
Nessa terça-feira foi o caso. Um lindinho senhor, com cara de "serra gaúcha" e de imigrante italiano, embarcou no ônibus em que eu estava. Sentou onde? Do meu lado, é claro.
Mas, apesar do jeito interiorano, era mezzo colono (como chamamos os povos da região da colônia, os trabalhadores rurais em geral)/mezzo urbano-super-in. Vestia: uma camisa de algodão levinho, leia-se antenado nos tecidos propícios ao calorão de Portinho (sensação de quase 40ºC, tá bom pra você?); uma bermuda do tipo homem-garotão/surfista-esperto-60 anos de praia; uma sandália acompanhando o estilo; e, finalmente, um chapéu preto muito do elegante, que contrastava diretamente com a pele bem clara e seus cabelos flocos de neve. Detalhe esse muito importante pois acredito que ouve uma identificação, já que eu era a única que também usava chapéu, o Letti3, nome do meu 3º chapéu. Vem de chapelleti, não o acharão no Google, é uma Língua inventada por mim, hihi.





Letti3 + óculos: amigaços da pele de qualquer mocinha de qualquer idade. Se liguem, meninas! E meninos também.










Voltando ao personagem central, vi que ele deu umas resmungadas, notei que me olhou por uns instantes, resmungou de novo, olhou de novo, e res... Ou seja: estava se coçando por um papo, conheço os sinais. Não demorou muito, se voltou para mim, pensei: "Tomara que não seja sobre doença". Porque, sabem, eles adoram falar de doença, mesmo os que não têm problema algum. Mas não, falou sobre o tempo. Ok, sobre o clima é permitido e melhor que pauta saúde ou a falta dela.
Ele: Tá quente, né?
Eu: É, tá sim, muito...
Ele: Na rua não dá pra caminhar hoje.
Eu: (risadinha) É sim, não dá mesmo hoje, calor demais.
A coisa estava animada, como percebem, eis que assim ele finalizou: "Mas se estivesse na praia ia ser bom, era vir uma onda só batendo que tudo se refrescava." E logo saiu, me dizendo que ia escapar do sol e sentar do outro lado do ônibus. Olha ele aí:














Foi a melhor frase dita do melhor jeito no meu dia.Às vezes basta uma onda para aliviar tudo que queima, uma levada amena que pode desenrolar todos os nós. É a estética da vida, a estética dos ciclos dela.

2 comentários:

  1. Huauah!! Amei o post, amiga!! E o blog tb, né!? Ano Novo-blog novo! Gostei muito!!!

    E to adorando essa idéia de "nomear chapéus" - tb quero: Letti 1, ou melhor: Letti ONE, Letti de mim mesma e ONE pq veio de Londres - internacional! HUhauhauhauh!!!!

    Bjux!!

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  2. "ONE pq veio de Londres"--->Phynaaaaa! bjbjbj

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