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segunda-feira, 14 de março de 2011

Vin

"Pois bem, sabe o que espero, uma vez que recomeço a ter esperanças? É que a família seja para você o que para mim é a natureza, os torrões de terra, a relva, o trigo amarelo, o camponês, ou seja, que você encontre em seu amor pelas pessoas motivo não só para trabalhar mas com que se consolar e reerguer-se quando necessário."
Este é Vincent Van Gogh, meu louco (e ruivo) preferido. Desde que fomos formalmente apresentados, numa aula de Educação Artística, eu, aos 14 anos, vendo uma das pinturas de seu auto-retrato, me apaixonei. Quando soube que ele cortou a própria orelha, gamei de vez. Pensei: preciso conhecer mais sobre ele! Dali pra frente, foi intensa nossa relação. 
Sua paixão por registrar em desenho a vida simples dos camponeses, os trigais, o homem em si  mostram um homem muito sensível mas que vivia com sua loucura:"Ontem pintei alguns estudos em que se vê a catedral. E também tenho um pequeno do Parque.Contudo, prefiro pintar os olhos dos homens, mais que as catedrais, pois nos olhos há algo que nas catedrais não há, mesmo que elas sejam majestosas e se imponham; a alma de um homem, mesmo que seja um pobre mendigo ou uma prostituta, é mais interessante a meus olhos."
Vin, como o chamo na intimidade, viveu e morreu, porém, em meio à frustação de por vezes não ser compreendido e por outras de não compreender, e essa é a parte realmente down da história. Mas ele foi um grande cara, pena é que o próprio não sabia disso.

Essa foi a primeira imagem que tive dele. Gosto peculiar pra uma "piá" de 14 anos, não?



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