Aviso aos leitores

Algumas imagens ou informações são retiradas da internet, revistas, livros, entre outros. Caso tenha o direito autoral, entre em contato para que sejam retirados ou creditados.

terça-feira, 20 de março de 2012

Lucidez vai e vem de volta pra mim

Tem um som que gosto muito e na letra diz: "Lucidez, volte para mim".
Lucidez: quem vai dizer que ela não é necessária? É sim, afinal sem ela serviríamos o café no píres em vez de na xícara, usaríamos escova de dentes para o cabelo em vez de nos dentes, e vestiríamos as calças nos braços em vez das pernas, isso só para dar uma amostra da sequência do caos matinal, imagine o resto de nossos dias...
Por outro lado, uma dose de insensatez sempre faz bem, regras para tudo torna as coisas previsíveis demaaais, encaixotadas demaaaais, chaaaatas demaaaais.
Trabalhando atualmente na criação de vitrines de produtos infantis, tenho refletido sobre essas questões. Exemplifico: me contaram certa vez que uma criança em sala de aula desenhou uma nuvem verde, ao que lhe foi sinalizado que a mesma estava ERRADA, pois "nuvens devem ser pintadas de azul".
Oi? ERRADA? Existe alguma coisa colorida de forma errada? Por uma criança, ainda? Ok, desculpa professora que disse isso, mas não, não existe. E oi? AZUL? Não, coloquemos os pingos (de chuva) nos ís, se tem que ser o estrito real a ser ensinado vamos lá: nuvens são brancas e o céu que é azul. 
Fato é que nuvens podem ser pretas com bolinhas amarelas se a gente assim quiser, pouca regra há no momento da criação, e eu procuro trazer à tona alguns desses elementos compositivos e até mesmo de minha memória vivencial, sem desfocar porém da lucidez tão igualmente elementar no processo criativo especialmente voltado ao comércio, um meio muito dinâmico e que sempre exige resultados e crescentes.
Minhas memórias particulares passeiam por coisas de quando eu era criança e de todo esse universo, entre elas: algumas vezes eu inventava de beber café com leite NO PÍRES, e me divertia com isso; e o sagrado domingo de noite com Didi Mocó (saudosos Trapalhões), que fazendo graça penteava o cabelo COM ESCOVA DE DENTES, era um sucesso. 
E quanto às calças nos braços, é bem atual: tempos desses vi na tv num programa de moda sobre customização em que transformavam uma calça EM UM BOLERO.
Enfim, mais uma vez as partes se complementam: dobradinha de percepção e conexão afinada com a realidade do nosso tempo + o extravassar para além do que se vê ou nos foi convencionalmente passado = bingo! Champagne estourada e tim tim, um brinde ao sucesso.
Lucidez: vá e venha! Jogo de presença e ausência dela, isso faz toda a diferença. Deixo aqui o vídeo da música comentada (Tame Impala - Lucidity), aliás o som é uma maravilha e o vídeo um pitéu.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário